quarta-feira, 13 de abril de 2011

And now for something completely different...




Algarve Historic Festival

Pouco há a acrescentar. Apenas que este "cat walk" foi feito a pedido dos muitos fotógrafos. Os profissionais e os amadores. Já agora, eu não pedi nada... Acreditem! Limitei-me a aproveitar a oportunidade...

Karting. Paixão primeira.




O meu tio Daniel foi um dos pioneiros do karting em Portugal. Quer como piloto, quer como organizador, foi graças a carolas como ele que esta modalidade prosperou neste país. Lembro-me das provas em Setúbal, Autódromo (Kartódromo) do Estoril, sempre a acompanhá-lo. Recordo o 1º Troféu dos Países Latinos, em 1972, com um inesperado vencedor, René Arnoux. Acompanhei um Campeonato da Europa de 1979 em que ao meu tio foram confiadas as funções de Capitão de Equipa. O cargo era mais burocrático, que outra coisa, mas eu era o sobrinho do capitão de Portugal. Nesse campeonato vi correr dois pilotos cuja carreira acompanhei até à F1: Eddie Cheever e Andrea de Cesaris. Ainda a propósito deste campeonato, o convite surgiu mais ou menos nestes termos:
"-Alexandre, sabes que vai haver um Campeonato da Europa, não sabes?
-Sei!
-Sabes uma coisa? Fui convidado para capitão de equipa. Quer...
-Quero! Claro que quero!
-...es ir?"



A pista de Camarate foi, durante muitos anos o único espaço permanente para a prática da modalidade. Como tal, vi lá muitas corridas e, neste dia, o meu tio resolveu fazer-me uma surpresa e tirar-me uma foto no kart do Vitor Névoa. Penso que seja em 1972 e, já agora, a senhora de lenço na cabeça a apontar sabe-se lá para onde, é a minha tia Ivone...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Algarve Historic Festival, Outubro de 2010, BMW Batmobile









Estes são dois belos exemplares de um dos meus Turismos preferidos: o BMW "Batmobile". Curiosamente, representam os dois melhores preparadores da marca: Alpina e Schnitzer.

Sobre o Schnitzer paira, há muito, uma suspeita entre os entendidos e os curiosos: como é que este carro tem a mesma matrícula que o BMW 2800 com que o Nicha correu em Angola e em Portugal? Mistério...

A versão Alpina/Jagermeister é simplesmente fabulosa...

Algarve Historic Festival, Outubro de 2010, Matra Simca













O Algarve Historic Festival é, desde o princípio, um evento absolutamente imperdível. Não é todos os dias que se pode estar perto de máquinas que fizeram parte do nosso imaginário. Muitas delas, se correram em Portugal eu, ou não era nascido, ou não tive hipótese de as ver.

Por outro lado, eventos destes têm um ambiente fantástico. Pode-se andar à vontade pelo paddock, entrar nas boxes, meter conversa com os pilotos ou acompanhantes, tudo numa convivência salutar. Depois, há as glórias do passado que sempre aparecem nestas coisas. Estar a meio metro de uma lenda do automobilismo, como Sir Stirling Moss, é algo que não esquecerei. E poder vê-lo em pista a fazer uma perninha, foi a cereja no topo do bolo.

Em 2010, havia uma exposição relacionada com o automobilismo, que eu não tive tempo para ver. No entanto, ao passear no paddock deparei-me com uma artista a pintar um quadro com um modelo fantástico: o Matra Simca. Subi as escadas, coloquei-me em posição, e saíram estes bonecos...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Bernardo Sousa, Alcaria do Cume








Continuando em Alcaria do Cume, este é um spot que se define assm: "é melhor não pensar muito!". Porque ficamos praticamente por baixo do carro. O que ganhamos em espectacularidade, perdemos em segurança. Um qualquer espirro do piloto e pode acontecer uma chatice. Felizmente, nunca aconteceu...

E as fotos ficam como se vê...

Carros. Como explicar?

O que faz um gajo andar quilómetros de carro ou a pé, para ir ver passar carros? Basta sair à rua, não? Não!

Para quem é adepto destas coisas, é difícil muitas vezes explicar esta paixão. Eu, sei perfeitamente quando tudo começou: quando o Daniel Serrano conheceu a minha tia, a D. Ivone. A partir desse dia, ainda eu não era nascido, ficou-me a sina traçada. Essa e a do Benfica. Mas isso não é para aqui chamado. Desde que me lembro, as corridas de karts, de carros, os ralis, sempre fizeram parte da minha vida.

Vi dezenas ou centenas de corridas, acompanhei a carreira de pilotos desde que começaram, a maior parte das vezes nos karts. Estive uma noite a combater o sono à espera de um carro para ir para casa, nada ou quase nada me fazia perder uma corrida, um rali. E assim fui crescendo. Sempre com o desporto automóvel a acompanhar-me.

Com a internet, fui conhecendo gente com a mesma paixão que eu. Nalguns casos eu, perto deles, sou um aprendiz. Tenho conhecido gente com conhecimentos enciclopédicos, com quem me farto de aprender. Paralela a esta paixão, há outra. A que nos faz registar para a posterioridade esses momentos. Passar horas de um lado para o outro, à procura "daquela" foto é algo que só quem experimentou sabe do que falo. Tenho tido a sorte e o privilégio de acompanhar com alguns desses conhecedores. O que aprendi com eles, vai aos poucos dando frutos.

E são esses frutos que eu vou partilhar aqui. Começo precisamente com uma foto que retrata alguns deles prestes a entrar em acção. Esta foto é obra de um acaso: a ideia era tirar a foto ao carro, mas acabei por apanhá-los de máquina em riste. O local, é propício para o espectáculo e para as fotos: Alcaria do Cume. O piloto, Bernardo Sousa, em testes para a edição de 2011 do Rali de Portugal.


WRC: Frederico Villagra na Serra de Tavira




Este sítio da Serra de Tavira tem na toponímia oficial o nome de Vale do Junco. Para mim, é "os bonsais", porque bem ao lado há um "Jardim dos Bonsais" e é mais fácil lembrar-me do sítio desta maneira. Sempre que há testes, este sítio é obrigatório. Tem boa localização (é mesmo ao lado da estrada principal) e permite mais que uma versão. E é o que fica mais perto da cidade. Do começo da subida da serra até aqui, são aproximadamente 3 kms.

Sempre que sei que alguma marca está a testar na Serra, tento ir dar uma espreitadela. Nem sempre consigo, nem sempre dou com eles, mas vai-se fazendo o possível. Já vou conhecendo o pessoal da empresa que prepara os testes,a Pack Emoções e eles também já me vão conhecendo (o que não é difícil...). Esse conhecimento permite-me andar dentro do percurso sem ser incomodado. E, muitas vezes são eles próprios que me indicam os melhores spots para fotografar.

Foi o caso deste: decidi ir para o fim do troço e procurar outros locais para fotografar o Frederico Villagra. Ao 3º poiso, e depois de uma conversa que meteu um ranking de lupanares andaluzes, foi-me indicado um gancho mais à frente que me permitiria tirar boas fotos. E assim foi. Apesar de estar bem "em cima" do acontecimento, a distância e o terreno permitem-me estar ali em segurança.

E a foto deu no que deu...